Indústria é motor da renda formal em Venâncio Aires, revela RELATÓRIO federal

Remuneração formal sobe em Venâncio Aires pelo 3º ano, puxada pela indústria. Renda geral ficou em R$ 3.435,60 em 2024, segundo relatório Rais, mas indústrias lideram com R$ 3.770,84 de renda média. A indústria permanece como o setor…

Remuneração formal sobe em Venâncio Aires pelo 3º ano, puxada pela indústria. Renda geral ficou em R$ 3.435,60 em 2024, segundo relatório Rais, mas indústrias lideram com R$ 3.770,84 de renda média.

A indústria permanece como o setor com maior remuneração média entre os trabalhadores formais de Venâncio Aires, segundo os dados mais recentes da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Referente ao ano de 2024, o levantamento aponta que o segmento industrial no município atingiu uma remuneração real média de R$ 3.770,84, superando todos os demais setores da economia local.

O município registrou no ano passado 17.135 vínculos formais de trabalho. A indústria respondeu por 8.008 desses empregos, consolidando-se como o principal empregador da cidade. Em seguida, aparecem os setores de serviços, com 4.335 vínculos; comércio, com 4.059; construção civil, com 662; e agropecuária, com 71 trabalhadores. A remuneração média geral da cidade ficou em R$ 3.435,60 em 2024.

Apesar da liderança da indústria no cenário local, Venâncio Aires ainda está abaixo da média salarial do Rio Grande do Sul. No mesmo ano, a remuneração média a remuneração média real no estado foi de R$ 3.809,87, o que representa uma diferença de aproximadamente 9,82% em relação ao valor registrado na cidade. Ainda assim, o município mostra uma tendência de crescimento contínuo na remuneração dos trabalhadores formais. Em 2023, a média salarial local foi de R$ 3.416,14, enquanto em 2022 era de R$ 3.300,64. Isso representa um crescimento de 0,57% em relação ao ano anterior e de 4,09% em relação há dois anos.

Dentro da indústria venâncio airense, alguns segmentos se destacam por oferecerem salários significativamente superiores à média geral. A fabricação de produtos do fumo apresentou a maior remuneração entre todos os segmentos, com uma média de R$ 6.640,82. Em seguida, aparecem o setor de eletricidade e gás, com média de R$ 6.405,73, e a fabricação de produtos de borracha e de material plástico, com R$ 5.458,49. Esses números refletem não apenas o grau de especialização dessas atividades, mas também o peso que têm na economia local.

Por outro lado, alguns segmentos industriais apresentaram remunerações inferiores. É o caso da confecção de artigos do vestuário e acessórios, cuja média salarial ficou em R$ 2.336,03, e da preparação de couros e fabricação de calçados, com média de R$ 2.152,63.

A diferença entre os extremos salariais dentro da própria indústria revela a diversidade de realidades enfrentadas pelos trabalhadores do segmentos industriais apresentaram remunerações inferiores. É o caso da confecção de artigos do vestuário e acessórios, cuja média salarial ficou em R$ 2.336,03, e da preparação de couros e fabricação de calçados, com média de R$ 2.152,63. A diferença entre os extremos salariais dentro da própria indústria revela a diversidade de realidades enfrentadas pelos trabalhadores do setor.

Os dados reforçam o papel central da indústria na economia de Venâncio Aires, tanto pela capaci-dade de absorção de mão de obraquanto pelo potencial de oferecer
melhores salários em comparação aos demais grupamentos econômicos. Ainda que a média local permaneça abaixo dos in- dicadores estaduais, o município
demonstra uma trajetória consistente de crescimento na renda formal, o que aponta para uma recuperação econômica gradual e contínua.

BASE DE CÁLCULO
A remuneração real média na RAIS é calculada como a média aritmética das remunerações mensais de odos os trabalhadores com vínculo empregatício, corrigidas pela inflação. Esta média é um importante indicador do desempenho do mercado de trabalho, refletindo a remuneração média dos trabalhadores formais no país. A RAIS coleta informações sobre a remuneração mensal de cada trabalhador, incluindo salários, ordenados, ven-cimentos, honorários, vantagens, adicionais, gratificações e bonificações.

DOBRO
A renda média dos trabalhadores nas indústrias de processamento de tabaco, em Venâncio Aires, é quase o dobro da renda média geral do município. Estes trabalhadores registraram, segundo o relatório, remuneração real de R$ 6.436,63. Na sequência aparece a renda média do trabalhador das indústrias de borracha material plástico, com o valor médio de R$ 6.363,87. A terceira posição é ocupada pelas indústrias de fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com remuneração de R$ 3.813,87.

QUANDO O AGRO ENCONTRA  A INDÚSTRIA

Integração entre campo e indústria, promovida pelo Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT), estimula a produção sustentável, a modernização e a eficiência nas propriedades rurais

No Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, há um setor onde o agro e a indústria se encontram de forma exemplar: a cadeia produtiva do tabaco. As indústrias
são responsáveis por mais de 40 mil empregos diretos, e suas exportações alcançaram quase US$ 3 bilhões em 2024. Apenas nos primeiros quatro meses de 2025,
o tabaco liderou as exportações gaúchas, com mais de US$ 900 milhões embarcados, superando produtos como carne de frango, cereais e farelo de soja.

A expectativa para 2025, segundo aponta pesquisa encomendada pelo SindiTabaco junto à consultoria Deloitte, é de um crescimento entre 10,1% e 15% nas exportações em relação ao ano anterior. Segundo Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, o avanço representa não apenas números, mas oportunidades concretas
para mais de 200 municípios gaúchos produtores de tabaco, que encontram na atividade uma de suas principais fontes de desenvolvimento.

Cidades como Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, no centro do Rio Grande do Sul, abrigam o maior complexo mundial de processamento de tabaco. Suas indústrias
estão entre as mais tecnológicas do mundo, utilizando equipamentos de ponta e garantias ISO. Empregam de forma direta mais de 40 mil pessoas e movimentam ou-
tros milhares de empregos indiretos em sua cadeia de suprimentos. Já a matéria-prima que abastece as linhas de produção, emprega outras 626 mil pessoas no campo,
em mais de 500 municípios.

“Neste Dia da Indústria, celebramos a capacidade de unir o agro e a indústria em uma parceria que trans forma vidas, movimenta economias locais e posiciona o país como líder global”, celebra Thesing, que representa o sindicato que congrega 14 indústrias de tabaco.

DESAFIOS E DIÁLOGO

Thesing também destaca o desafio de alinhar o protagonismo do Brasil como segundo maior produtor e maior exportador de tabaco do mundo com o cenário regulatório atual, como no caso da proibição dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs). Para ele, regulamentar esse novo mercado global é olhar com responsabilidade para o futuro da cadeia produtiva instalada no país, aproveitando estruturas industriais já consolidadas e garantindo a continuidade de um modelo que combina eficiência e renda.

“Defender a regulamentação desse segmento é, acima de tudo, garantir que os produtores brasileiros tenham espaço nesse novo modelo de negócios. O futuro da nossa cadeia produtiva passa pela capacidade de inovação, adaptação e diálogo com a sociedade e com os órgãos reguladores”, frisa o executivo.

Empresas de tabaco lideram geração de empregos nas indústrias de transformação no RS no 1º trimestre

Setor apresentou saldo positivo de mais de 10 mil vagas, o maior entre os ramos industriais gaúchos.

As indústrias de transformação do Rio Grande do Sul apresentaram um saldo positivo de 30.972 empregos formais no primeiro trimestre de 2025, segundo relatório do Novo Caged. Entre os diversos segmentos, a fabricação de produtos do fumo se destacou como a maior geradora de postos de trabalho, com 10.383 novas vagas, superando setores tradicionais como alimentos, máquinas e calçados.

O desempenho do setor fumageiro representa uma variação relativa de 190,34% no estoque mensal de empregos, um crescimento expressivo comparado às demais atividades industriais. O número de admitidos (12.388) foi significativamente superior ao de desligados (2.005), indicando forte movimentação positiva. O resultado está ligado ao processamento de tabaco, que amplia a contratação de safristas.

Na segunda colocação, a fabricação de produtos alimentícios gerou 5.479 vagas, seguida pela fabricação de máquinas e equipamentos, com 3.329 empregos líquidos criados. O saldo total da indústria geral no período foi de 31.455 vagas, sendo que as indústrias de transformação contribuíram com a maior parte desse resultado. O estoque total do setor industrial no estado chegou a 754.144 empregos formais.

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