Mesmo proibido, uso de cigarro eletrônico segue forte no Brasil

Sem regulamentação efetiva do cigarro eletrônico, consumo avança, mercado ilegal se expande e consumidor segue exposto. Apesar de proibidos no Brasil, os cigarros eletrônicos seguem sendo amplamente consumidos, especialmente por adolescentes e jovens adultos. A comercialização, importação e propaganda…

Sem regulamentação efetiva do cigarro eletrônico, consumo avança, mercado ilegal se expande e consumidor segue exposto.

Apesar de proibidos no Brasil, os cigarros eletrônicos seguem sendo amplamente consumidos, especialmente por adolescentes e jovens adultos. A comercialização, importação e propaganda desses dispositivos são vetadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que, em abril de 2024, reafirmou a proibição adotada desde 2009. No entanto, esses produtos continuam sendo encontrados com facilidade em lojas físicas, sites e redes sociais, alimentando um mercado paralelo em crescimento.

O consumo de cigarros eletrônicos no Brasil segue uma tendência mundial. Mais de 100 países permitem a venda desses produtos, no entanto, com regulamentações claras sobre composição, comercialização e restrição de idade.

Em algumas dessas nações, a regulamentação tem mostrado resultados positivos, como a redução de danos à saúde pública. Na Nova Zelândia, por exemplo, a adoção de normas para limitar a nicotina e restringir o acesso aos jovens resultou em uma queda significativa no número de fumantes.

Entre 2018 e 2023, a taxa de fumantes adultos caiu de 12,2% para 6,8%, conforme dados oficiais do país. A regulação nesses locais inclui embalagens com alertas, controle de qualidade e campanhas educativas.

Diferentemente, no Brasil, onde os produtos são totalmente ilegais, o mercado paralelo tem se expandido rapidamente. Uma pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) revelou que, entre 2018 e 2023, o consumo de cigarros eletrônicos aumentou 600%.

Números altos

Atualmente, cerca de 2,9 milhões de brasileiros utilizam esses dispositivos, e mais de 6 milhões já os experimentaram. A falta de regulação tem exposto consumidores a produtos de origem desconhecida e sem controle de qualidade, aumentando os riscos à saúde. Muitos desses dispositivos contêm altas concentrações de nicotina, que podem causar dependência rapidamente, especialmente entre os mais jovens. E o uso por adolescentes tem se mostrado preocupante.

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