A 47ª Expointer que está sendo realizada em Esteio (RS), sediou o Fórum Tabaco – Desafios e oportunidades no Brasil, nesta quarta-feira, 28 de agosto. O evento, organizado pela Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), ocorreu no auditório da Casa da Rede Pampa, no Parque de Exposições Assis Brasil.

A regulamentação do uso e a comercialização dos dispositivos eletrônicos de fumar (DEFs) foi o tema do primeiro painel com a participação do presidente da Abifumo, Edimilson Alves; a diretora da Anvisa 2017/2020, Alessandra Bastos; o secretário da Agricultura do RS, Clair Kuhn; o secretário do Turismo do RS, Ronaldo Santini; o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva; o senador Luis Carlos Heinze; e o deputado federal, Alceu Moreira.

Já o segundo painel, nomeado “Novas tecnologias, novas oportunidades”, contou com a presença de Marcilio Drescher, presidente da Afubra; Iro Schünke, presidente do SindiTabaco; Pedro Westphalen, deputado federal; Marcus Vinicius, Elton Weber e Edivilson Brum, deputados estaduais; e Giovani Weber, produtor rural.

No início de agosto, 38 entidades de diversos setores lançaram um manifesto pedindo urgência na regulamentação do consumo dos DEFs no País. Apesar da manutenção da proibição da Anvisa, anunciada em abril deste ano, o consumo dos dispositivos não parou de crescer. Os dados do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) mostram que o número de consumidores chegou a 2,9 milhões de pessoas em 2023, o que representa um aumento de 600% em seis anos. Como o produto não é regulamentado, esses consumidores estão expostos ao mercado ilegal, que não paga impostos nem está sujeito a regras sanitárias.

A escolha de proibir o uso também vai na contramão de mais de 100 países no mundo que já fazem a comercialização formal dos produtos. Além disso, a produção dos dispositivos no país permitiria a criação de 124,5 mil empregos, o que equivale a oito vezes os postos de trabalho já criados em 2023 no setor agropecuário, segundo recente estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

“O Brasil é o segundo maior produtor e o maior exportador de tabaco há mais de 30 anos. Deveríamos ser protagonistas na defesa dessa cadeia produtiva que gera renda e empregos, mas há uma imensa contradição sobre este tema em nosso país. Quase 100 países já regulamentaram os DEFs, enquanto a ANVISA segue sendo contrária”, comentou Schünke no evento.

 

SOBRE O SINDITABACO – Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. As ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde mais de 98% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios. Saiba mais em www.sinditabaco.com.br

CRÉDITO: AI Sinditabaco